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Sobre os Jogos Olímpicos no Rio


Os maiores símbolos do maior evento do planeta

Desde pequeno acompanho esportes. Muito mais futebol do que outros, é verdade. Mas credito isso ao fato da oferta deste ser muito maior dos outros , não que eu simplesmente o acho o melhor. Gosto de esportes em geral. Já me peguei assistindo Curling numa dessas Olimpíadas de Inverno. Assisto a esportes que não entendo, até mesmo pra tentar mudar essa condição (ainda não obtive sucesso em alguns, tipo Beisebol, por exemplo). Acho que esse gosto é uma herança, afinal, cresci com meu pai assistindo bastante aos jogos, mas muito mais com meu irmão, que não apenas assistia a tudo que se referia a esporte na TV, desde os jogos mais aleatórios possíveis até a tradicional Mesa Redonda nas noites de Domingo. Além disso, meu irmão sempre ia ao estádio (até viajava) pra acompanhar nosso time de coração.


Dado meu background histórico com esportes, devo dizer que fiquei extremamente empolgado quando soube que a Copa do Mundo de Futebol e as Olimpíadas aconteceriam aqui no Brasil e bem pertinho de mim, no Rio de Janeiro. Também devo dizer que a princípio não pensei nos aspectos positivos tampouco nos negativos que tais eventos poderiam trazer pro país e pra cidade. Me preocupei apenas com o esporte. Apenas depois, vendo a repercussão nos noticiários e comecei a refletir sobre tais aspectos. E a partir daí, fui convencido que seria muito mais positivo do que negativo.


Porém, com o passar do tempo entre a escolha para ser sede e os eventos em si, muita coisa mudou não só no Brasil mas no mundo. Além das mudanças, o que mais afetou o povo brasileiro em relação aos eventos foi justamente o contrário: as coisas que não mudam por aqui. A principal delas, a corrupção. Esta senhora que está por aqui a cerca de 500 anos, foi responsável por quase estragar por completo o sonho da criança fã de esportes dentro de mim. A galera do #NãoVaiTerCopa foi bem preocupante especialmente nos momentos finais que antecederam a realização dos jogos. Que fique claro, eu não estou defendendo nenhum dos dois lados. Não é sobre a validade dos protestos, ou mesmo sobre o que os eventos representariam pro nosso país. Estou me referindo ao que sentia a respeito de ter uma Copa do Mundo aqui, no meu quintal. Quem está digitando o texto é a criança em mim, que se sobrepõe ao adulto de politização questionável.


No fim das contas, a corrupção venceu mais uma vez, e mesmo os que eram contrários à Copa sucumbiram (não necessariamente à ela, mas o fato é que sumiram). A Copa não só aconteceu, como foi incrível. Uma das, se não a melhor que consigo me lembrar. E olha que as de 94 e 98 foram sensacionais e a de 2002 eu vivi intensamente, saindo até pra comemorar com os amigos adolescentes a plenos pulmões de manhã cedinho.


Pra quem curte futebol, foi espetacular. Pra quem não entendia tanto, foi o momento perfeito pra começar a entender, pois assistia-se futebol O.DIA.INTEIRO, só se falava disso na TV e nas ruas. Amigos e famílias se juntavam e assistiam aos jogos juntos, faziam bolão, churrasco, lanche. Crianças e adultos uniformizados. Até algumas ruas estavam enfeitadas. Quase tão bonito como era antigamente. Eu, meus amigos e minha família certamente curtimos muito a Copa de 2014. Ao final dela, ficamos todos órfãos. E nem estou falando do resultado da seleção brasileira. Falo do futebol como um todo. Nem de longe parecia que alguns meses antes grande parte da população estava indignada com a realização do evento.


World Cup 2014

Onde a criança em mim queria estar durante a Copa de 2014.

Falei tudo isso a respeito da Copa de 2014, pra preparar o terreno para as Olimpíadas de 2016. No fundo, acredito que será a mesma coisa. O maioria do povo reclamando antes, e na hora H, vai curtir e muito. Volto a dizer: não acho que essas reclamações sejam ilegítimas. Até concordo que esse evento não deveria ser realizado no Brasil, muito menos no momento atual. Conforme disse anteriormente, o mundo mudou muito entre o momento da escolha e da realização dos jogos. O situação do Brasil (pelo menos aparentemente) se agravou muito. Chega a ser constrangedor a realização de um evento de tamanha grandeza e custo ser realizado num Estado quebrado e com seríssimos problemas nos mais diversos setores, que sequer tem dinheiro pra pagar seus aposentados e pensionistas.

Assim, admito que os protestos devem ser feitos e que o povo se oponha à realização e mostre sua indignação ao mundo, expondo tais problemas. Desde que sejam protestos legítimos e não arquitetados, apoio totalmente. Até mesmo a criança fã de esportes e que tem brilho nos olhos ao ver as placas de boas vindas, os painéis pela cidade e até mesmo os locais dos eventos 'maquiados' é capaz de entender isso.


Entretanto, é preciso ser minimamente coerente, racional. Não dá pra fazer nem mesmo protesto de qualquer forma. [Quem fala agora é o adulto não tão passional, mas que também não chega a ser um ativista de qualquer bandeira ou lado político] Pensem bem e me responda com muita paciência, se possível desenhem pra que eu entenda: De que raios adianta apagar/roubar/vandalizar a tocha olímpica e/ou ofender/agredir aqueles que a estão carregando? Sério! Vai impedir que a Olimpíada aconteça? Vai mostrar pro mundo os problemas que temos enfrentado? Vai de alguma forma sensibilizar seja os políticos seja o COI a respeito da indignação coletiva da população? Pois pra mim, isso apenas reforça a imagem que grande parte do mundo tem de que o povo brasileiro é desequilibrado. De que a pobreza de espírito por aqui é muito maior que a financeira. Que o país é sim muito desorganizado e que isso não é culpa apenas daqueles que o governam, pois estes, são apenas um espelho que amplia o reflexo dos seus eleitores.


Outra coisa que me incomoda: Você realmente acha que seu amigo que está empolgado com os Jogos é de alguma forma vendido, alienado, retardado ou qualquer outra coisa que o faça digno de ser xingado, ou questionado a respeito de suas posições políticas/sociais? Se ele gosta de esportes, tem algum ídolo nele, ou simplesmente gosta de assistir às Olimpíadas, isso não significa que ele mereça ser agredido ou posto numa cruz pra humilhação pública. Tenho alguns ex-alunos que estão de alguma forma envolvidos nos Jogos. Até nisso as pessoas são hostilizadas, afinal, isso é trabalho escravo, quem faz isso está sendo babaca/idiota/retardado, já que tantos bilhões foram gastos e desviados pra essa bosta de Olimpíadas que ninguém pediu e esse povo ainda vai lá de otário trabalhar de graça. Claro! Tá certo! Ninguém tá ali porque curte o evento, quer participar de um momento histórico, gosta de conhecer gente nova, fazer amizades, aprender um pouco sobre outras culturas, ou mesmo praticar um novo idioma recém aprendido (ou ainda no processo). Até mesmo ganhar um pouco de currículo e experiência profissional, pois além de algumas dessas atividades serem aproveitadas em suas graduações, todo trabalho voluntário é muito bem vindo no currículo, especialmente para aqueles que pretendem estudar fora. Mas não. Não pode participar dessa palhaçada de Olimpíadas.



Essa galera toda aí NÃO QUERIA a Olimpíada no Rio

Essa galera estava em Copacabana durante a cerimônia de escolha da cidade sede em 02/10/2009. Possivelmente, hoje está tentando apagar a tocha durante o trajeto ou idolatrando aqueles que o fazem. E certamente vai acompanhar os jogos e torcer quando estivermos ganhando. Quando perdermos, vão xingar.


Da mesma forma que todos nós (TODOS NÓS) achamos uma tremenda falta de respeito com o cidadão brasileiro, em especial com o cidadão fluminense, que os Jogos aconteçam em meio ao caos instalado no país e estado, eu (e muitos outros, saibam) acho extremamente desrespeitoso o que anda se fazendo durante o trajeto da tocha, tanto com um símbolo milenar, como com a quem o está carregando. Pior ainda é a repercussão de tais atos nas redes sociais, tratando como heróis aqueles que tentaram ou conseguiram de alguma forma vandalizar o trajeto da tocha. Heróis por quê, meu Zeus?! Porque apareceram como mal educados na frente das câmeras do mundo todo? Por que agrediram alguém que por vezes sequer se conhecia enquanto essa pessoa estava, possivelmente, realizando um sonho? Cara... Não. Não seja essa pessoa. Não faça isso. Você não está ajudando seu país de forma alguma. Não vai trazer benefício pra você ou sua comunidade. Você não está dando uma lição ou mandando um recado pros governantes.


Sendo assim, deixo eu um recado para você que adora falar mal do governo, do Brasil e de tudo mais que a maioria está falando ou que simplesmente quer fazer parte das 'rodinhas virtuais', e também pra você que é o politizadão e que critica absolutamente tudo que diverge daquilo que você acredita de forma contundente e agressiva, e que não suporta a ideia de que alguém acredite em algo totalmente diferente de você apesar de viver numa democracia (que você diz que não existe atualmente, já que vivemos uma ditadura marxista-gayzista-seilámaisoquê): PARE. Pare de encher o saco. Pare de ser chato. Vai ter Olimpíadas. E acredito que você vai curtir os jogos e ainda vai poder continuar mantendo sua posição sobre o que quer que seja, seja lá qual ela for. E mesmo que você prefira não curtir, pelo menos deixe com que quem quer o faça. Pode até fazer suas manifestações durante os Jogos, só não encha o saco de quem não tem nada a ver. Nem precisa ligar a TV durante esses dias, você já reclama da programação mesmo. Odeia novela, Faustão e etc. Pode continuar no Master Chef que tá na moda, por isso você curte. Ou assista Netflix, caso você tenha assinatura. Caso ache um absurdo pagar pra ver filme velho ou por séries que você pode baixar de graça com a mesma qualidade, pode continuar na sua pirataria. E não esqueça de postar que odeia corrupto e que esses Jogos são OlimPIADAS enquanto faz sua maratona.

Enquanto isso, a criança em mim estará curtindo muito os Jogos. Infelizmente será pela TV, pois não consegui ingressos pras competições que gostaria de assistir ao vivo, in loco. Além disso, confesso que tive um pouco de medo do que vocês poderiam fazer a mim e minha família no entorno dos locais onde acontecem as competições. Enquanto o adulto em mim, que também acredita que não deveríamos estar sediando o evento, especialmente na atual conjuntura, vai continuar trabalhando e vivendo uma vida justa e digna, procurando não atrapalhar ninguém.

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