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Crítica | Quando nos conhecemos


O cara conhece a garota. Os dois conversam bastante, se divertem e rola química. Entretanto, a garota não gosta do cara da mesma forma que ele dela. O vê como amigo. O cara se decepciona, bebe muito durante o noivado da garota com outro cara e uma outra amiga em comum precisa levá-lo pra casa. No caminho, param no bar e encontram um outro amigo. Os três conversam, o cara conta toda a história de como conheceu a garota. Em um dado momento, o cara entra em uma cabine de fotografia no no bar (a mesma que havia ido na noite em que conheceu a garota). Lá, ao fazer uma sessão de fotos, ele deseja que pudesse ter feito tudo diferente no passado e assim, quem sabe, ter ficado com a garota. Por alguma razão inexplicável dessas que fazem dos filmes mágicos, a cabine de fotos o faz voltar ao passado para a noite em que ele conheceu a garota.


Clichê? Sim. Divertido? Com certeza! Primeiro porque apesar da fórmula ser batida, ela deu certo. Então usá-la com outros elementos é sempre interessante. Segundo, que mesmo seguindo caminhos parecidos para atingir um fim até previsível, situações diferentes podem aparecer no caminho. A jornada sempre vale a pena.


E esse é o grande diferencial de Quando nos conhecemos, a jornada. O que não deixa de ser curioso, talvez de forma intencional, pois remete a How I met your mother. O título do filme original (When we first met) já dá essa dica. E essa coisa de 'o que realmente importa não é o destino, e sim a jornada' é muito clara o tempo todo para os olhares mais atentos e para aqueles que já viram filmes demais.


Com um terço de filme já é possível saber o que vai acontecer a todos os personagens, praticamente. Além do mais, filmes/séries com viagens no tempo sempre tem muito em comum, quase nada é original. Mas veja bem: o filme consegue ser muito bom, mesmo com toda essa ideia nada inovadora. Além do mais, os personagens e os diálogos são muito bons.


Os destaques na atuação ficam por conta do protagonista Adam DeVine (Noah) e por Shelley Hennig

(Carrie). Chega a ser uma comparação injusta, mas ao mesmo tempo, inevitável: Adam lembra muito em estilo de interpretação e em suas caras e bocas ao Jim Carrey em seus bons tempos de comédias como Ace Ventura e O Máskara. Mas sem ser forçado, sem parecer querer imitá-lo, de forma alguma. É seu estilo mesmo. Ele é natural. Sem exagerar no tom, sempre dentro do contexto e na medida do engraçado sem ser idiota. Já Shelley foi uma grata surpresa pra mim. Não conhecia a atriz e a achei muito boa, pelo menos nessa personagem. Ela é bem engraçada, irônica e charmosa. Não tem como não se encantar pela personagem. Além dos ótimos diálogos e da química desses personagens, eles são responsáveis pelas duas melhores fantasias de Halloween ever!

Como destaque negativo na interpretação, coloco Robbie Amell (Ethan), que assim como seu irmão era no início, ainda é muito duro e lhe falta expressão por vezes. Mas não que seja péssimo, ele só destoa, especialmente quando em cena com Adam e Shelley. Ele ainda precisa fazer alguns filmes como esse, despretensiosos, para chegar, quem sabe, atingir um patamar. Já Alexandra Daddario (Avery) e Andrew Bachelor [também conhecido na internet pelo famoso Vine King Bach] (Max) fazem o feijão com arroz e não deixam a bola cair, sem serem excepcionais.

No mais, o filme flui bem e por alguns breves momentos nos faz achar que estamos enganados, e que ele não é tão previsível assim. Mas logo em seguida volta ao seu caminho original e conforta nossos corações de pseudo-cinéfilos por sabermos que já conhecemos muito. Se você curte comédias românticas, ou mesmo se não curte tanto, mas tá disposto a dar uma chance (especialmente se o/a crush está com você), será uma ótima pedida. Quando nos conhecemos não desaponta e cumpre, surpreendentemente bem, sua proposta.

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