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Dia do Orgulho Nerd e Dia do Meu Joelho

Até cerca de 5 anos atrás eu mantinha um blog pessoal, onde eu falava de coisas aleatórias sem muito compromisso com nada e ninguém. Bem parecido com esse aqui, com a diferença é que eu me importava menos com estilística e, obviamente, tinha uma visão de mundo um pouco diferente, menos maturidade e experiência.

Nesse antigo blog, criei um tipo de post que gostaria de ter mantido como regular, frequente. Era o post em que eu falava sobre o Dia do Orgulho Nerd (ou Dia da Toalha). Mas eu queria tornar mais pessoal e não ficar preso a esse tema. Lembrei então, que essa era também a data em que havia operado meu joelho em 2009, e usaria esse pretexto pra usar essa data como um momento de autorreflexão, um balanço sobre minha vida. Eis aqui nesse link, o meu último post nessa data por lá. Infelizmente acabei deixando o blog de lado (as imagens dele até desapareceram) e nunca mais escrevi sobre o Dia do Meu Joelho.

Hoje, no entanto, resolvi retomar essa série.

Assim como nessa última vez que postei, vou falar muito pouco sobre o Towel Day em si. Só queria registrar como essa fase de 'ser geek é cool', felizmente continua. Já se vão alguns anos e a 'modinha' ainda não passou, pelo contrário, cresceu muito e não há perspectiva de que termine, visto que há muitos filmes e séries ainda por vir, fora todo o merchandising que essa cultura carrega consigo, e isso é um sinal de que não se trata de modinha. Dessa forma, para nós que somos geeks, seja de raiz ou modinha, essa é uma excelente e incrível época para sê-lo. Temos uma infinidade de conteúdo para consumir e podemos mostrar ao mundo nosso orgulho disso, deixamos de ser um grupo escondido e que era alvo de zombaria, para sermos um grupo mais forte e respeitado, no geral.


Dito isso a respeito da parte geek do dia, falo agora sobre minhas particularidades.

Se eu fosse falar de tudo que aconteceu desde esse último post, como a ideia original deste propõe, eu escreveria um mega textão. Quero tentar ser o mais sucinto possível, portanto vou focar apenas no último ano.


Ano passado, a essa altura, eu ainda estava trabalhando em dois lugares: no CNA e na Cultura Inglesa. No primeiro, estava vivendo uma boa fase, estava apresentando a semana do orgulho geek, e amo essa oportunidade que tenho lá de ser eu mesmo e de levar as coisas que gosto para o contexto da aprendizagem. Isso, aliás, talvez tenha sido um fator determinante para que eu viesse a tomar a decisão de sair do segundo, um lugar que era muito bom profissionalmente falando, onde eu aprendi muito como professor. Mas um lugar onde eu não era feliz. Eu era um profissional, quase uma máquina, não um ser humano, não tinha sentimento. Além do mais, essa semana geek também contribui muito para o meu desgaste físico e mental de se trabalhar em dois lugares. Eu simplesmente vi que não estava dando conta do recado. Decidi, algumas semanas depois, sair da Cultura. Esse ano, até poucas semanas atrás, estava vivendo novamente um grande momento no CNA, muito por conta da semana Star Wars, uma semana de aulas de especiais bem parecida com a do ano passado. Virou uma data oficial no calendário da escola. Atingi outro patamar. Uma grande conquista profissional, do me ponto de vista.

No entanto, já estou com a cabeça fora de novo. A parte profissional tem seu peso, sim. Mas não é o principal. Estou desgastado com o trabalho, algumas coisas não me deixam mais feliz, exceto a parte principal, que é estar em sala de aula. Eu ainda me divirto muito com meus alunos, tenho grandes momentos em aula. Mesmo que às sextas-feiras/sábados, eu fique muito cansado. Porém, o motivo dessa cabeça distante, no é apenas pelo lado profissional. É que dessa vez, decidi de vez ir pra Curitiba.


E essa é a grande questão desse ano, pra mim. Comecei a colocar tudo na minha vida baseando na decisão de mudar para a cidade dos meus sonhos (possíveis). Já me inscrevi no ENEM e estou começando a juntar material pra estudar pra fazê-lo como nunca fiz na vida. O objetivo é passar pra UFPR e estudar Jornalismo. Quero mudar de área e aproveitar meus estudos até aqui, especialmente os idiomas. Além disso, posso utilizar o meu gosto e certo talento para escrita. A possibilidade de viajar a trabalho também empolga. A intenção é seguir para a área esportiva, mas estou aberto a outras possibilidades.

Além do ENEM, também já tenho enviado currículos e tentando fazer contatos por lá, procurado lugar pra morar... Estou bem focado e tentando aproveitar e ficar de olho nas possibilidades. Já comuniquei à família e aos amigos mais próximos. A decisão está tomada e dessa vez minha esposa e filha também estão mais alinhadas com minha ideia.


Há uma série de razões que me fizeram chegar a essa decisão. As principais são a qualidade de vida que acredito que terei pra minha família por lá e a onda de violência do Rio de Janeiro que está em níveis insuportáveis e tendem a piorar. Eu mesmo fui assaltado na porta de casa. E todo dia vemos notícias desanimadoras em todo lugar, bem como relatos de amigos.

O grande empecilho atual é ainda a questão financeira. Mas acredito em uma virada nessa situação e que conseguiremos o suficiente para ter uma vida digna e tranquila por lá. Ainda há tempo, também, para que isso seja melhor planejado e contornado.


Por último, quero citar uma outra questão que tem sido recorrente na minha vida: o psicológico. A essa altura no ano passado, não tenho certeza, mas acho que ainda estava me consultando com um psicólogo. Mas tenho certeza que estava em um momento bem complicado e tive algumas crises de ansiedade. Depois desse momento, tive uma fase em que fiquei 'ok', fiquei mais tranquilo comigo mesmo. Entretanto, receio que essa fase voltou. Estou, novamente, alternando momentos de mais euforia, com momentos de ansiedade e até certa depressão. Momentos bem complicados. É difícil dormir algumas noites. Em outros momentos, é difícil não dormir. Há tanto pra fazer, mas eu só consigo sentir vontade de ficar fazendo absolutamente nada. Não uma questão de procrastinação, é vontade nenhuma mesmo. Não quero sequer ler minhas HQs que tanto curto. Não consigo escrever um texto. Mal consigo ficar vendo tv (apenas ESPN, a propósito, já que assistir noticiário me deixa ainda mais deprimido e desanimado).

Isso tudo junto, acaba sendo um incentivador pra essa minha decisão de mudar de ares. Acho que além de ser bom pra minha família, será ótimo pra mim. Preciso desse incentivo pra começar algo novo, um objetivo. Ao mesmo tempo, se eu estiver colocando expectativa demais sobre isso, é preocupante, claro. Mas mesmo assim, eu preciso disso. Preciso encarar esse desafio. Como precisei quando fui pra Cultura. Nesse caso, não deu certo. Mas serviu muito como pessoa e profissional. Esse "Plano Curitiba", dificilmente vai me decepcionar dessa forma, e na pior das hipóteses vai ser uma experiência de vida engrandecedora. Há muito que eu poderia transcorrer por aqui ainda. Mas vou ficar por aqui, desejando que ano que vem, quando o Dia do Meu Joelho chegar, eu possa escrever esse texto sentindo o friozinho da cidade que aprendi a admirar à distância, ou quem sabe, se tiver sorte, sentado em algum dos diversos parques da cidade, ou melhor ainda, de dentro do campus da UFPR. Para tanto, acredito que terminar o texto com uma frase clássica dessa data de hoje, que vem do livro Guia do mochileiro das galáxias, responsável pela referência #TowelDay, e que eu acho muito pertinente aos meus planos: DON'T PANIC!


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