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Há tanto a escrever. Há tanto que gostaria de conseguir expressar. Não faço ideia do que sairá aqui. Mas vamos descobrindo no caminho.


2017 foi um ano ótimo pra mim. Desde Abril passei a escrever para o Capacitor. Uma coisa que eu queria muito. Começar a escrever para um público maior. Ainda não é nada profissional pra mim, mas é muito importante. Estou fazendo uma coisa que gosto e falando sobre um assunto que curto muito.

Além disso, também escrevi um texto para o Fui Ser Viajante, dos meus amigos Klécia e Rafael. Não sou (infelizmente) um viajante como eles, mas me encaixava no perfil do contexto: escrevi sobre o que fazer em uma viagem à Curitiba com uma criança. Foi muito bacana também fazer parte desse contexto e escrever sobre um assunto diferente do que estou acostumado.


E assim, do nada e após analisar meu ano em textos na internet, eu mudo de assunto para falar de Curitiba. Nada mais justo, visto que, pelo menos desde o meio do ano, minha vida girou em torno da minha iminente mudança pra essa cidade.


E tudo começou a mudar mesmo. Hoje, dia 31/12, já não estou mais trabalhando na mesma empresa em que trabalhei nos últimos 6 anos. Minha esposa também não está mais no emprego que tanto a estressou esse ano, mesmo tendo trabalhado com aquilo que sempre desejou. Minha filha não está mais na escola. Grande parte das nossas coisas (roupas, brinquedos, livros e CENTENAS de quadrinhos) estão todas empacotadas. Daqui dois dias viajamos.


A vida vai mudar muito. Estaremos por conta própria em lugar relativamente distante da família e da maioria dos amigos. Empregos novos. Começar do zero. Isso deveria assustar muito.


Digo que 'deveria', porque eu nem sei o que estou sentindo. Deve ser esse medo, Mas não sei explicar nem definir pra mim mesmo. Mas meu corpo sabe. O sono mostra bem isso. Pois quando não estou querendo dormir o dia todo (talvez por tempo passar mais rápido), estou com dificuldade de dormir. A fome mudou. A inspiração também.


Já pensei em escrever esse texto várias vezes. Já pensei em diversas coisas diferentes pra escrever. É tanta coisa importante/interessante pra dizer. Tanta coisa que gostaria de dizer. Não apenas esqueço e me perco no tanto de pensamentos, como perco a vontade. Assim como perco a vontade de qualquer outra coisa nesses dias.


Acho que não foi em 2017, mas sim no ano anterior que descobri que esses são sintomas de ansiedade. E viver com ela é terrível. Espero que possa aprender ou melhorar essa convivência nessa vida nova que se inicia. Porém, imagino que ela deva se intensificar ainda antes de melhorar, já que será bem difícil esse reinício.



Hoje, pelo menos até agora, não estou minimamente empolgado com a virada do ano. Não parece nada de mais. Por mim, dormiria normalmente na hora que conseguisse, fosse isso 21:30 ou 1 da manhã. Queria passar o dia jogando video game, ou fazendo maratona de alguma série. Também poderia passar o dia em uma praia, nadando. Talvez estaria empolgado se estivesse entre mais amigos e familiares. Nem mesmo sei se estarei assim mais tarde, talvez me empolgue. Eu disse que é terrível viver com ansiedade.


Ao mesmo tempo que sinto como se me importasse menos do que deveria e gostaria, em alguns momentos sinto um vazio imenso ao pensar que não verei meus colegas de trabalho com frequência, que minha mãe ficará sozinha e que não verá a Alice pelo menos uma vez por semana, pior ainda pra minha sogra e sogro, nesse caso, que estão acostumados a vê-la todos os dias e não verão mais. Me assusta imaginar como a Alice vai se sentir quando perceber tudo isso, já que aparentemente ela não tem uma noção exata disso.


Mas isso só acontece por alguns momentos. Na maior parte do tempo eu me sinto anestesiado. Até apático. Por muitas vezes, mau humorado mesmo. Indisposto. Sem tesão para fazer nada. Sem tesão. Repito: viver com ansiedade é uma merda!


Esse ano estreitei laços com pessoas com problemas parecidos com os meus e com outros com problemas diferentes, que fazem os meus parecer bobagem, E isso é um outro problema que tenho: achar que meus problemas sempre são bobagem comparado ao dos outros. E sentir isso, faz me sentir ainda mais fraco, pois tenho tanto e fico choramingando por pouca coisa. Não ajuda em nada, pelo contrário.


Não sei mais o que queria escrever aqui. Fui desenvolvendo ao mesmo tempo em que fui me perdendo. Mas acho que escrevi mais do que esperava. Só sei que tenho muito que agradecer por 2017 e muito o que esperar de 2018. Espero conseguir escrever mais, tanto aqui como no Capacitor e onde mais surgir oportunidade. Espero conseguir me expressar mais, não só com escrita, mas falando também.


Espero muita coisa. E isso não é muito bom pra quem tem ansiedade. Mas não há muito o que fazer, então vou assim mesmo. Vamos ver no que dá.


Até o próximo texto. Até 2018.

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